sexta-feira, 14 de maio de 2010

controle de qualidade - tecnologia da confecção

A Industria do Vestuário

A estrutura da indústria de confecção do vestuário é composta por um elevado número de empresas, com grande diversidade de escalas produtivas e uma grande heterogeneidade das suas unidades fabris, que são, na sua maioria, micro e pequenas empresas.
A indústria de confecção do vestuário é a principal produtora de bens finais do complexo têxteis e nela certas características gerais se destacam:

1) O baixo impacto das inovações técnicas na Indústria de confecções,
2) Estrutura industrial altamente heterogênea com pequenas unidades de produção estruturadas assim devido às mudanças da moda e ao ciclo sazonal de produção,
3) O processo de produção na indústria de confecção de vestuário é altamente compartimentado.
4) O ciclo de vida dos produtos ressalta a importância fundamental das formas de co­mercialização ou marketing, particularmente nas áreas em que a moda acaba diminuindo a vida comercial do produto.
As Etapas do Processo Produtivo:
A industrialização é o início do processo de confecção, de onde se inicia a pesquisa de tendência tanto para produto como das condiçoes do mercado, indo da compra de tecidos e aviamentos até a embalagem das peças a serem vendidas na comercialização de varejo.

Criação: (Estilista, Assistentes de estilo) - é a primeira etapa da confecção, também cha­mada de concepção, realizada por um estilista, é uma etapa fundamental para o sucesso da empresa. Esta etapa requer o conhecimento tanto das tendências da moda quanto das características da estratégia da empresa, de modo a desenvolver modelos que facilitem a comercialização. O modo de repassar a idéia é por um desenho estilizado (Corpinho humano mostrando a roupa com movimento, caimento). Logo apos esta criação é feito a ficha técnica onde a roupa é representada em desenho planificado e nela apresentamos todas as especificações técnicas para a confecção da peça em si.


Modelagem: Modelista, Assistente de modelagem - executada pelo modelista, consiste na concretização das ideias do estilista a partir da criação de uma modelagem de protótipo de onde serão elaborados os moldes ampliados e reduzidos adequados aos diversos tamanhos das roupas a serem fabricados. Esta adequação é denominada de gradação e segue tendências gerais de tamanhos padrão adequados ao perfil de medida do público alvo da empresa. Também é tarefa do modelista a separação das partes-base das roupas (mangas, golas, etc.) de modo a facilitar o processo de fabricação. Quando fazemos um protótipo criamos uma referencia e ficha técnica provisória para a peça, e nela, podemos fazer todas as modificações possíveis antes de aprovarmos a peça para a ampliação. A ampliação é toda feita no CAD (Computer aided design - desenho auxiliado por computador) para termos a redução do tempo e do gasto de tecido.


Corte: Cortador e assistente de corte - as informações geradas nos estágios anteriores, acrescidas daquelas fornecidas pelo setor de costura, marketing e do estoque, são usadas para o planejamento do corte. O corte é uma etapa muito importante do processo produ­tivo, pois um erro nesta operação tem pouca possibilidade de ser reparado, representando perda parcial ou total do tecido e atraso na produção para a empresa.

Apos o processo de ampliação e redução das modelagens, já estarão estabelecidos os tecidos escolhidos e passamos para o departamento de corte, onde fazemos o encaixe e risco no CAD para podermos fazer o enfesto e por fim o corte (Máq. de Faca de 8”).

Montagem: Gerente de Produção, Piloteiras, Costureiras, Arrematadeiras, Bordadeiras e Auxiliares de produção - a montagem é a etapa mais complexa do processo de produção. Consiste na união de dois ou mais elementos consti­tuintes de uma roupa.

O nosso departamento de produção é montado a partir de processo com fluxo contínuo, onde as operadoras especializadas trabalham em um Lay-out em “U”. Todo e qualquer equipamento é balanceado conforme o volume de produção prevista, as operações são bastante repetitivas, e tudo é manuseado por pacotes e colocado em caixotes. A eficiência de cada funcionário é controlada individualmente e gratificada por incentivos e ações motivacionais individuais.

Acabamento: consiste na limpeza e passadoria das pe­ças já costuradas, de modo a deixá-las prontas para a embala­gem e a comercialização. São executadas tarefas como corte de linhas, corte de sobras de tecido, pregamento de botões e colchetes, etc. Inclui também a passadoria da roupa pronta. A embalagem e o envio das encomendas para o estoque fazem parte desta etapa.

ORIGEM DO PRODUTO

O produto tem sua origem industrial em um sistema de produção, ou seja, os processos de criação, modelagem, prototipia e corte será feitos internamente, depois contrataremos os serviços de facção e bordado em pedrarias que são terceirizados e terão sua qualidade observada através do Módulo de Controle de Terceiros é possível controlar todas as facções – desde o envio da matéria-prima e semi-acabados até os preços do serviço que devem ser pago por Ordem de Serviço, Ordem de Produção e Pedido. Os lotes de corte enviados para as facções podem ser identificados com códigos de barra, facilitando e agilizando os report's de produção.

A confecção prêt-à-porter é composta de:
- Desenvolvimento de produto (estilista)
- Modelagem (modelista e operador de cad)
- Corte
- Aviamentação e etiquetagem
- Costura
- Acabamento
- Passadoria
- Embalagem em cabide e capa plástica
- Estocagem

6.2 – Fluxograma da estratégia

A - Sistema de Produção Interna com fluxo contínuo e gestão CAD/CAM/CIM
B - Sistema de Produção Intermitente com terceirização de serviços faccionados.
C - Sistema de Produção Terceirizada por gestão de Private Label.

2. Tipo de Sistema Adotado:

Interna com Fluxo Continuo. A produção é caracterizada pela fabricação, em larga escala, de poucos produtos com grau de diferenciação relativamente pequeno, a empresa fabrica segundo especificações, das fichas técnicas. O equipamento utilizado é do tipo genérico, que permitem adaptações dependendo das operações que estejam realizando no produto, exige uma mão-de-obra mais especializada. De uma forma geral podem considerar-se no acabamento de confecção as seguintes fases:

Segundo Araújo (1996 p.370). O exemplo mais comum é a unidade que fabrica camisas e calças de homem numa grande variedade de modelos, em muitas cores e muitos tipos de tecido, com isso a empresa recebe um elevado número de pequenos cortes todos os dias para os seus vários modelos. Deste modo à sala de costura tende a ser alimentada continuamente com muitas pequenas partidas de modelos ligeiramente diferentes.

Na sala de costura o fluxo de trabalho é também dividido em rotas separadas para as várias partes da peça a ser confeccionada. Os problemas do encarregado de produção concentram-se nas dificuldades em conseguir equilíbrio de carga de trabalho em todas as operações, e também no controle do fluxo do trabalho e do tempo de produção com uma mistura de vários modelos em produção simultânea.

As Etapas do Processo Produtivo Interno:

Criação: é a primeira etapa da confecção, realizada por um estilista, é fundamental para o sucesso da empresa. Esta etapa requer o conhecimento tanto das tendências da moda quanto das características da estratégia da empresa, de modo a desenvolver modelos que facilitem a comercialização.

Modelagem: executada pelo modelista, consiste na concretização das idéias do estilista de modo a criar um protótipo a partir do qual serão elaborados os moldes, adequando as proporções do protótipo aos diversos tamanhos das roupas a serem fabricados. Esta adequação é denominada de gradação (ou gradeamento), e segue tendências gerais criadas pela empresa. Também é tarefa do modelista a separação das partes base das roupas (mangas, golas, etc.) de modo a facilitar o processo de fabricação.

Corte: as informações geradas nos estágios anteriores, acrescidas daquelas fornecidas pelo setor de costura, marketing e do estoque, são usadas para o planejamento do corte. O corte é uma etapa muito importante do processo produtivo, pois um erro nesta operação tem pouca possibilidade de ser reparado, representando perda parcial ou total do tecido e atraso na produção para a empresa.

Montagem: executada por costureiras, a montagem é a etapa mais complexa e intensiva de trabalho do processo de produção. Consiste na união de dois ou mais partes de uma roupa.

Acabamento: consiste na limpeza e passadoria das peças já costuradas, de modo a deixá-las prontas para a embalagem e a comercialização. São executadas tarefas como corte de linhas, etc. Inclui também a passadoria da roupa pronta. O empacotamento e o envio das encomendas fazem parte desta etapa.

Introdução do CAD/CAM no Setor da Produção
As atividades incluídas nas fases que antecedem a costura passaram por transformações significativas com a introdução do sistema CAD (Computer aided design - desenho auxiliado por computador), do sistema CAM (Computer aided manufacturing — manufatura auxiliada por computador) e de dispositivos de controle numérico. Os principais benefícios obtidos consistem na redução do tempo e do gasto de tecido, além da capacidade de alterar facilmente os desenhos dos modelos.

4.1 A introdução do sistema CAD / CAM

· Na utilização do tecido o custo representa, em média de 40 a 60% do custo total de uma roupa, tornando relevante qualquer redução no seu gasto.

· Na mão-de-obra, o custo nas atividades de gradeamento e encaixe é pequeno em relação ao custo total da mão-de-obra.

· Na redução de tempo e no aumento da flexibilidade, são outras grandes vantagens do uso de sistema CAD, principalmente para as empresas que operam em mercados mais sujeitos às variações da moda.

· Na introdução o sistema CAD requer a reorganização da produção; pois novas rotinas e novas tarefas são exigidas. No caso de empresa com várias plantas industriais, as atividades anteriores à fase da costura devem ser centralizadas. Todas as operações devem ser coordenadas cuidadosamente para evitar longos períodos de ociosidade do sistema. Em situação contrária, as atividades de gradeamento e de encaixe manual são interrompidas e reiniciadas quando necessário, sem significativo aumento de custo, por não haver grandes volumes de recursos imobilizados.

O sistema CAD, atendendo a todas as tarefas de gradeamento, encaixe, readaptação de modelos e movimentação do material para o corte, requer que, no conjunto, todas as atividades estejam balanceadas de modo a evitar estrangulamentos no processo. Em função disso, a introdução desse sistema necessita de elevado nível de gerenciamento e de planejamento.

Sistema de Produção Private Label para:

Private Label é enfocada pelo prestador de serviço, ambos têm interesses iguais, devem ser parceiros perfeitamente integrados e inteirados das necessidades de cada um. O comportamento da empresa e dos prestadores vem mudando conscientemente para uma relação de parceria, onde a autonomia e independência de ambos estão cada vez mais patentes.

As Etapas do Processo Produtivo Externo:

· Desenvolvimento do modelo;
· Industrialização;
· Entrega nos prazos estipulado em dossiê e contrato registrado em cartório com grau de tolerância para datas de entrega e para defeitos com amostragem de 20% do lote e tolerância de 5% para defeito.

A Qualidade Na Criação E Desenvolvimento Do Produto De Moda

As características que orientam a qualidade do produto de moda começam na definição e análise das matérias-primas(fibras,fios,tecidos),passando pelas fases de criação, desenvolvimento, confecção, acabamento e sua relação com o consumidor, no uso diário.
Embora para Slack(1997,p.552) a qualidade possa ser entendida de maneira diferente, conforme a visão da “operação” e a visão do “consumidor”, sua definição de qualidade é:
“a consistente conformidade com as expectativas dos consumidores. Isto implica em projetos de materiais, instalações e processos controlados com a finalidade de garantir que o produto ou serviço atenda às especificações exigidas pelos consumidores, combinando o propósito do produto e seu valor,em termos de custo e preço.Significa, também, uma adequação entre as expectativas dos consumidores e a percepção deles do produto ou serviço”.
Quando a expectativa dos consumidores em relação ao produto é grande e a sua percepção é pequena, a qualidade percebida pelo consumidor é pobre. Se ocorrer o contrário, com expectativas menores que as percepções, a qualidade é percebida como boa. Somente há equilíbrio entre expectativas e percepções quando a qualidade é definida como aceitável.
“O padrão de qualidade é o nível de qualidade que define a fronteira entre o aceitável e o inaceitável. Tais padrões podem ser limitados por fatores operacionais, como o estado da tecnologia na fábrica, o número de pessoas na folha de pagamento e os limites de custos de fazer o produto. Ao mesmo tempo, todavia, eles precisam ser adequados às expectativas dos consumidores”(SLACK,199:.559).
Embora não haja definição exata do que seja o termo, até a década de 80 as empresas entendiam que qualidade podia ser traduzida por fábricas estruturadas, bens manufaturados e processos produtivos.
A partir de então, surgiu um conceito de qualidade ampliado para bens e para serviços.Juran(1997) disserta que algumas definições de qualidade compreendem alguns subconjuntos(detalhes) da qualidade.Como subconjuntos da qualidade de bens,pode-se destacar as características/propriedades do produto;o desempenho do produto;a competitividade do produto no mercado consumidor;a segurança no uso do produto; a confiabilidade do produto;a facilidade de manutenção;a disponibilidade de reposição de peças do produto;a durabilidade;o apelo estético;e a conformidade com especificações,padrões e procedimentos.
A qualidade pode ser desdobrada em categorias elaborada por David Garvin,com base em cinco abordagens,e apresentada por Slack(1997)da seguinte forma:
a)abordagem transcendental:a qualidade é vista como “um sinônimo de excelência inata”.Como exemplo:um vestido da alta-costura.
b)abordagem baseada em manufatura:a qualidade corresponde a produtos isentos de erros ou produtos produzidos e entregues conforme foram projetados.Um vestido prêt-à-porter “embora não necessariamente o ‘melhor’ disponível”,pode ser expresso como um produto de qualidade desde que sua elaboração e entrega estejam em conformidade com o projeto;
c)abordagem baseada no usuário:nesta definição,a qualidade está implícita na adequação do produto ao seu propósito.Fazendo uma analogia com o exemplo citado por Slack(1997),um vestido que é produzido conforme seu projeto e rasga após dois dias de uso,não está de acordo com seu propósito.
d)abordagem baseada no produto:a qualidade é um “conjunto mensurável e preciso de características que são requeridas para satisfazer o consumidor”(SLACK,1997,p.551).Exemplificando:um vestido pode ser elaborado para que o tecido não laceie com o tempo,precisando de ajustes conforme o corpo da cliente;e
e)abordagem baseada no valor:a qualidade conceituada em termos da percepção “custo” versus “preço final”.Um vestido “simples e inexpressivo” pode ter bom valor”,se for adequado ao uso por um prazo razoável de tempo.
Juran(1997),Slack(1997) e Baxter(2000) abordam o assunto qualidade no planejamento e desenvolvimento de produtos, de maneira semelhante, modificando apenas a nomenclatura e alguns aspectos do planejamento. Estes autores concordam que é vital o estabelecimento de metas de qualidade para o projeto de produto, pois o desenvolvimento sistemático de produtos resulta da combinação entre as necessidades do cliente, o mercado, o concorrente e os funcionários especialistas, gerando um grande número de características de qualidade dos produtos.“O parâmetro de qualidade envolve a satisfação das necessidades dos clientes através da escolha e definição de suas metas”(Juran,1997:167).
De acordo com Juran(1997), os produtos devem conter características de qualidade, que são definidas como as propriedades que atendem a satisfação de determinadas necessidades do consumidor.Slack(1997:71) atesta que, às vezes, a qualidade é entendida como parte visível de uma operação, o que o “consumidor considera relativamente fácil de julgar”e influencia a sua satisfação ou não”.
Conforme a percepção do cliente, a qualidade de um produto pode ser traduzida pela ausência de deficiências. A ausência de deficiências nos produtos possibilita às empresas(JURAN,1997)a redução dos índices de erros, de trabalho refeitos e o desperdício;das falhas no uso da produto e, conseqüentemente, menores custos de garantia.Também possibilita a diminuição da insatisfação do cliente quanto ao produto; a redução de inspeções, testes, custos e do prazo de lançamento de novos produtos;melhoria do prazo de entrega e o aumento dos rendimentos e da capacidade da empresa.
Já as características de qualidade do produto, que atendam às necessidades do cliente, possibilitam às empresas o aumento de satisfação deste consumidor através da venda do produto e, conseqüentemente, o aumento da participação da empresa no mercado. De acordo com Juran (1997:10) produtos com qualidade superior causam um grande efeito sobre as vendas, pois”normalmente a qualidade superior custa mais “caro.
Slack (1997)conceitua “características de qualidade do produto” como as “conseqüências das especificações do projeto”examinadas pelo consumidor e que interferem no planejamento e controle da qualidade do projeto do produto.Como características de qualidade pode-se destacar os seguintes itens:
a)funcionalidade:refere-se ao desempenho de uso e aspectos inerentes ao produto;
b)aparência:inclui o aspecto estético,visual,sensorial,sonoro ou olfativo do produto;
c)confiabilidade:consiste no desempenho do produto ao longo do tempo médio tolerado para seu uso.
d)durabilidade:é a vida útil do produto,com modificações e consertos ocasionais;
e)recuperação:baseia-se na solução de problemas do produto com facilidade;e
f)contato:pode incluir a empatia e o conhecimento do contato pessoa a pessoa.

Embora para Slack (1997, p. 552) a qualidade possa ser entendida de maneira diferente, conforme a visão da "operação" e a visão do "consumidor", sua definição de qualidade é "a consistente conformidade com as expectativas dos consumidores". Isto implica em projetos de matérias, instalações e processos controlados com a finalidade de garantir que o produto ou serviço atenda às especificações exigidas pêlos consumidores, combinando o propósito do produto e seu valor em termos de custo e preço. Significa, também, uma "adequação entre as expectativas dos consumidores e a percepção deles do produto ou serviço". Quando a expectativa dos consumidores em relação ao produto é grande e a sua percepção é pequena a qualidade percebida pelo consumidor é pobre. Se ocorrer o contrário, com expectativas menores que as percepções, a qualidade é percebida como boa. Somente há equilíbrio entre expectativas e percepções quando a qualidade é definida como aceitável. Este contexto é importante no momento de identificar problemas de qualidade nos produtos.

O padrão de qualidade é o nível de qualidade que define a fronteira entre o aceitável e o inaceitável. Tais padrões podem ser limitados por fatores operacionais, como o estado da tecnologia na fábrica, o número de pessoas na folha de pagamento e os limites de custos de fazer o produto. Ao mesmo tempo, todavia, eles precisam ser adequados às expectativas dos consumidores (SLACK, 1997, p. 559).


As características que orientam a qualidade do produto de moda começam na definição e análise das matérias-primas (fibras, fios, tecidos), passando pelas fases de criação, desenvolvimento, confecção, acabamento e sua relação com o consumidor, no uso diário. (Sandra S.Rech Drª Engenharia da Produção PPGEP/UFSC.Prfª. Departamento de Moda, UDEZC.)

Embora para Slack (1997, p. 552) a qualidade possa ser entendida de maneira diferente, conforme a visão da "operação" e a visão do "consumidor", sua definição de qualidade é "a consistente conformidade com as expectativas dos consumidores". Isto implica em projetos de matérias, instalações e processos controlados com a finalidade de garantir que o produto ou serviço atenda às especificações exigidas pêlos consumidores, combinando o propósito do produto e seu valor em termos de custo e preço. Significa, também, uma "adequação entre as expectativas dos consumidores e a percepção deles do produto ou serviço". Quando a expectativa dos consumidores em relação ao produto é grande e a sua percepção é pequena a qualidade percebida pelo consumidor é pobre. Se ocorrer o contrário, com expectativas menores que as percepções, a qualidade é percebida como boa. Somente há equilíbrio entre expectativas e percepções quando a qualidade é definida como aceitável. Este contexto é importante no momento de identificar problemas de qualidade nos produtos.

O padrão de qualidade é o nível de qualidade que define a fronteira entre o aceitável e o inaceitável. Tais padrões podem ser limitados por fatores operacionais, como o estado da tecnologia na fábrica, o número de pessoas na folha de pagamento e os limites de custos de fazer o produto. Ao mesmo tempo, todavia, eles precisam ser adequados às expectativas dos consumidores (SLACK, 1997, p. 559).

6.1 Conceitos de Qualidade

Ao analisarmos vários métodos de qualidade, decidimos aderir ao método de qualidade usado por Araújo (1996 p. 35 a 44).

Criar os produtos e respectivos moldes para a coleção, de acordo com a moda.
Analisar os protótipos e tentar simplificá-los.
Solicitar as amostras ao departamento técnico, enviando envelope com moldes, amostras de tecido, cores, etc.
Ficha técnica de confecção;
Ficha de pedido de amostras.
Solicitar a execução da produção ao departamento técnico, enviando a ficha de pedido.

Departamento Técnico

O departamento técnico é o cérebro da parte fabril da empresa e ela colabora na resolução de problemas industriais, uma equipe de técnicos especializados responsáveis pela decisão sobre a metodologia a seguir para a produção de produtos com as especificações, qualidade e prazo de entrega acordados com o cliente, ao mais baixo custo possível. O diretor técnico é responsável perante o diretor geral pela execução direta ou indireta das seguintes tarefas:

Amostras,
Encomendas,
Tecidos,
Corte, encaixes, riscos e sistema de controle de desperdícios,
Métodos de laboração na confecção,
Especificação dos requisitos dos fios,
Especificação dos requisitos da ultimação,
Circuitos de produção dos produtos.

Sistema De Controle De Qualidade Preventivo:
Inspeção da linha de coser e acessórios de confecção, na recepção,
Revista da matéria-prima (tecido), na recepção,
Revista durante e após a confecção,
C.Q. (Controlo de Qualidade) volante na produção (verifi­cação das características dos produtos em fabricação, verificação das afinações das máquinas e do seu estado de manutenção e limpeza), C.Q. laboratorial sistemático.

Modelagem
Engenharia de moldes, graduação e preparação dos moldes para o corte na produção. (Sistema CAD)
Preparação do plano de corte para a produção e da ficha téc­nica de corte. (Sistema CAM)

Prototípia
Execução dos protótipos.
Prestar a colaboração necessária ao encarregado de tempos e métodos.

Estudos E Especificações De Suprimentos E Matéria-Prima
Efetuar estudos de tecidos e acessórios e preparar especificações e respectivas fichas técnicas.
Preparar ficha de pedido de materiais para a amostra.

Formação Profissional Na Empresa
São as seguintes às responsabilidades da seção de estudo do trabalho:

Preparação da ficha técnica de costura.
Implantação da linha de fluxo continuo de confecção.
Determinação dos tempos de execução das tarefas, produtos e encomendas e seu fornecimento à contabilidade de custos e planejamento e controle de produção.
Estudos sobre métodos de laboração na confecção.
Prestar a colaboração necessária ao encarregado de prototípia

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